Adiló (de Eduardo Leite) bate Scalco (de Jair Bolsonaro) e fica mais quatro anos na Prefeitura de Caxias
Diferença foi de pouco mais de seis mil votos em um universo de quase 160 mil eleitores que compareceram às urnas no segundo turno

Silvestre Santos
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Quase 100 mil eleitores deixaram de votar no segundo turno, em Caxias do Sul, neste domingo, 27 de outubro. Mais precisamente, 99.441, ou 28,64% do eleitorado apto a comparecer às urnas para escolher o próximo mandatário do município. Entre os votos apurados, o atual prefeito, Adiló Didomenico (PSDB), venceu a disputa contra Maurício Fernando Scalco (PL). Foram 116.730 votos para reeleger o atual prefeito (51,38%) contra 110,476 para o vereador Scalco (48,62%), exatamente 6.254 votos de diferença.
Na festa da vitória, ao lado do vice eleito, Edson Néspolo (União Brasil), Adiló festejou a vitória que, disse, foi baseada no desejo de buscar o desenvolvimento da cidade. “Nós sabíamos que a eleição seria apertada, pois a direita sempre fez votação alta aqui. O que nos ajudou a ganhar é que sempre fui um candidato que soube ouvir e respeitar a todos. Podem esperar um governo enérgico e com muito mais resultado, pois Caxias está preparada para dar uma guinada muito forte”, afirmou.
Adiló Ângelo Didomenico tem 72 anos e é natural de Marau. É graduado em Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e pós-graduado em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Em 2012, elegeu-se para o primeiro mandato como vereador. No início de 2013, licenciou-se para assumir como secretário municipal de Obras e Serviços. Reelegeu-se vereador em 2016 e foi eleito prefeito de Caxias do Sul, com 136.590 votos, em 2020.
Para saber
- Logo após a confirmação do resultado, Maurício Scalco ligou para Adiló Didomenico e o parabenizou pela vitória.
- No início da apuração, o candidato do PL apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro chegou a ficar na frente de Adiló, que teve o apoio do governador Eduardo Leite, por cerca de 30 minutos.
- A virada do prefeito reeleito foi por volta das 17h30min, com 18,34% das urnas apuradas.
Pelo Rio Grande
No estado, mais quatro municípios com mais de 200 mil eleitores cadastrados e que não registraram candidato com 50% dos votos, mais um, no primeiro turno, realizaram eleição entre os dois candidatos mais votados, neste domingo, 27 de outubro. Os novos mandatários, ou os reeleitos, assumem seus cargos em 1º de janeiro de 2025.
- EM PORTO ALEGRE – Para a Prefeitura da capital gaúcha o atual prefeito Sebastião Melo (MDB), foi reeleito com 406.467 votos (61,53%), contra 254.128 (38,47% dados à candidata Maria do Rosário (PT). O goiano de Piracanjuba – que por pouco não venceu a eleição em primeiro turno, dia 6 de outubro – liderou de ponta a ponta a corrida eleitoral, sem jamais estar atrás na contagem de votos, seja em primeiro ou em segundo turno.
- EM CANOAS – O candidato Airton Souza (PL) foi eleito em Canoas, no domingo, com 75.688 dos votos, o equivalente a 52,12% dos votos válidos. Ele tem como vice Rodrigo Busato (União Brasil). O município da Região Metropolitana, com mais de 250 mil eleitores – terceiro maior colégio eleitoral do estado – disse não às pretensões de reeleição do atual prefeito, Jairo Jorge (PSD), que ficou com 69.518 votos (47,88%) dos votos válidos.
- EM PELOTAS – Fernando Marroni (PT) vai istrar a cidade de Pelotas pelos próximos quatro anos. Ele foi eleito em uma disputa apertada com o empresário Marciano Perondi (PL), a diferença foi de 1.263 votos. Marroni obteve 87.737 (50,36%) votos e, Perondi, 86.474 (49,64%). Marroni já foi prefeito de Pelotas entre 2002 e 2004 e, mesmo sendo do PT, teve o apoio da atual prefeita Paula Mascarenhas e do governador Eduardo Leite (ambos do PSDB), além do MDB e do PDT.
- EM SANTA MARIA – Com 54,50% de preferência dos eleitores, ou 76.803 votos, O atual vice-prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) venceu as eleições para o Executivo de Santa Maria. Ele disputou a eleição de domingo contra o petista Valdeci Oliveira, que ficou com 64.113 votos (45,50%) após o fechamento das urnas no domingo, dia 27. No primeiro turno Decimo ficou em segundo, com 25,68% dos votos válidos, contra 40,63% dos votos dados a Valdeci.
Mapa político
Depois das eleições do segundo turno, no Rio Grande do Sul, a distribuição das 497 prefeituras gaúchas, por partido, ficou assim:
- Partido Progressistas (PP) – 165 prefeituras
- Movimento Democrático Brasileiro (MDB) – 125 prefeituras
- Partido Democrático Trabalhista (PDT) – 50 prefeituras
- Partido Liberal (PL) – 37 prefeituras
- Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) – 35 prefeituras
- União Brasil (União) – 21 prefeituras
- Partido dos Trabalhadores (PT) – 20 prefeituras
- Partido Republicanos (Republicanos) – 16 prefeituras
- Partido Social Democrático (PSD) – 12 prefeituras
- Partido Socialista Brasileiro (PSB) – 8 prefeituras
- Partido Renovação Democrática (PRD) – 4 prefeituras
- Partido Cidadania (Cidadania) – 2 prefeituras
- Partido Podemos (Podemos) – 2 prefeituras